ALFABETO
k w y
As letras k, w e y fazem
parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar desta novidade, as regras de
utilização mantêm-se as mesmas. Estas três letras podem, por exemplo, ser
utilizadas em palavras originárias de outras línguas e seus derivados ou em
siglas, símbolos e unidades internacionais de medida, como darwinismo, Kuwait,
km ou watt.
A posição destas três
letras no alfabeto é a seguinte: …j, k, l… …v, w, x, y, z.
MINÚSCULAS
sábado agosto
verão sul
senhor Silva
A letra minúscula
inicial é obrigatória nos:
– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira,
quarta-feira…
– nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro,
janeiro…
– nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera…
– nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, mas não quando eles
referem regiões: sul, leste, oriente e ocidente europeu, mas o Ocidente.
A letra minúscula
inicial é obrigatória também nas formas de
tratamento ou cortesia: senhor Silva, cardeal Santos…
A letra inicial tanto
pode ser maiúscula como minúscula em:
– títulos de livros, exceto na primeira palavra: Amor de perdição
ou Amor de Perdição.
– nomes que designam cursos e disciplinas: matemática ou
Matemática.
– designações de arruamentos: rua da Liberdade ou Rua da
Liberdade.
– designações de edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim.
C & P
ação facto
ótimo apto
As letras c e p são
suprimidas sempre que não são
pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acontece em algumas
sequências de consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração,
coletânea, conceção, letivo, noturno, perentório, sintático…
As letras c e p
mantêm-se apenas nos casos em que
são pronunciadas: facto, apto, adepto, compacto, contacto, corrupção,
estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso…
Assim, tal como na
oralidade, na escrita temos Egito e egípcio.
Aceita-se a dupla grafia
quando se verifica oscilação na pronúncia
culta, como em sector e setor. Já existiam em português outras palavras com
mais de uma grafia, como febra, fevra e fêvera.
As letras b, g e m
mantêm-se na escrita em português
europeu padrão de sequências idênticas de consoantes: subtil, súbdito,
amígdala, amnistia, omnipresente…
A letra h mantém-se tanto no início e no fim de palavra como nos dígrafos ch, lh e nh:
homem, oh, chega, mulher, vinho.
ACENTO
joia heroico
leem veem
pera para
O acento agudo é
suprimido das palavras graves cuja
sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se portanto a regra já aplicada
em dezoito e comboio. Assim, passamos a ter: joia, heroico, boia, lambisgoia,
alcaloide, paranoico…
O acento circunflexo é
suprimido das formas verbais graves,
da terceira pessoa do plural, terminadas em eem. Assim, passamos a ter: leem,
veem, creem, deem, preveem…
O acento gráfico, agudo
ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que
não têm homógrafas da mesma classe de palavras. Assim, para pode ser uma
preposição ou uma forma do verbo parar, tal como acordo já podia ser um nome ou
uma forma do verbo acordar. Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro
(verbo ou nome), fora (verbo ou advérbio) …
O acento agudo mantém-se
na escrita em português europeu padrão das
formas verbais da primeira pessoa do plural, do pretérito perfeito do
indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregámos,
andámos, comprámos…
HÍFEN
autoavaliação paraquedas
semirrígido suprassumo
fim de semana hei de
O hífen é suprimido das palavras derivadas em que a última letra do
primeiro elemento – o elemento não autónomo – é diferente da primeira letra do
segundo elemento: autoavaliação, autoestrada, agroindústria, antiamericano, bioalimentar,
extraescolar, neoidealismo…
O hífen mantém-se nas derivadas começadas por ex, vice, pré, pós,
pró, circum seguido de vogal ou n, pan seguido de vogal ou m, ou ab, ad, ob,
sob ou sub seguido de consoante igual, b ou r. Assim, continuamos a ter:
pós-graduação, pan-americano, sub-região…
O hífen mantém-se nas derivadas em que o segundo elemento começa
por h, r ou s. No primeiro caso, mantém-se a regra anteriormente em vigor:
anti-herói, pan-helénico…
O hífen é suprimido de palavras cuja noção de composição se perdeu,
tal como já tinha acontecido com pontapé.
Assim, passamos a ter:
paraquedas, mandachuva…
O hífen é substituído
por r ou s, duplicando-o, nas
palavras derivadas e compostas acima referidas em que a última letra do
primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou
um s: semirrígido, suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva,
ultrassecreto…
O hífen é substituído
por um espaço em branco nas locuções substantivas,
adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais: fim de
semana, cão de guarda, cor de vinho…
O hífen é substituído
por um espaço em branco nas quatro formas
monossilábicas do verbo haver seguidas da preposição de: hei de, hás de, há de
e hão de.
Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como desumano,
cor-de-rosa, coocorrência.
O hífen mantém-se em todos os restantes casos:
– generalidade das compostas: cobra-capelo,
ervilha-de-cheiro, mal-estar, tenente-coronel…
– derivadas em que a última letra do primeiro
elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti-ibérico,
hiper-realista…
– formas verbais seguidas de pronome pessoal
dependente: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei…
– encadeamentos vocabulares: estrada
Lisboa-Porto, ponte Rio-Niteroi…
adaptado do
manual “Página seguinte, 11º ano”, Texto Editora.
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